Haiti: Primeira-dama sobrevive a ataque e será levada aos EUA
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Publicado em 07/07/2021

Horas depois da morte do presidente do Haiti, Jovenel Moise, nesta quarta-feira (7), a imprensa haitiana chegou a noticiar que a primeira-dama do país, Martine Moise, também teria morrido no ataque a tiros registrado dentro da residência oficial da Presidência do país. A informação, porém, foi corrigida após declaração do primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph.

De acordo com Joseph, Martine levou um tiro e foi hospitalizada. Segundo o primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, o ataque foi feito por um grupo que ainda não foi identificado, mas há a informação de que alguns dos envolvidos estavam falando espanhol.

Martine, inclusive, será transferida para receber tratamento em Miami, disse o embaixador haitiano nos Estados Unidos, Bocchit Edmond, à agência Reuters. Segundo ele, o estado da primeira-dama é crítico.

O premiê repudiou o ato, que chamou de “odioso, inumano e bárbaro”, e pediu calma. O Haiti passa por uma intensa crise política e econômica. Desde 2018, milhares de haitianos marcham pelas ruas do país e pedem melhores condições de vida.

– Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer – afirmou Joseph.

Moise governava o Haiti sem o controle do Legislativo desde o ano passado e dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, em uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição. Para o grupo contrário ao comandante, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.

A disputa sobre o fim do mandato ainda era consequência da primeira eleição de Moise. O presidente foi eleito em outubro de 2015 para um mandato de cinco anos, em um pleito cancelado por fraudes. Em 2016, ele venceu a nova disputa, mas tomou posse apenas em 2017.

 

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