O Kremlin negou veementemente, nesta segunda-feira (4), as acusações de que as tropas russas teriam cometido atrocidades contra civis na Ucrânia e pressionou por uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que as denúncias ucranianas de que forças de Moscou teriam matado centenas de civis nos arredores da capital não são confiáveis e rejeitou “categoricamente” as alegações.
O comentário de Peskov em teleconferência com repórteres veio após uma declaração do Ministério da Defesa do país que acusava a Ucrânia de encenar o que foi descrito como uma “provocação” para difamar a Rússia.
As autoridades ucranianas disseram que os corpos de pelo menos 410 civis foram encontrados em regiões ao redor da capital ucraniana após a saída, na semana passada, de tropas russas. Muitos deles estavam com as mãos atadas, ferimentos causados por tiros à queima-roupa e sinais de tortura. Líderes internacionais condenaram as atrocidades relatadas e pediram sanções mais duras contra Moscou.
Peskov afirmou que os materiais de foto e vídeo na área refletem “manipulações” e instou os líderes internacionais a analisarem cuidadosamente os fatos e a ouvirem os argumentos russos antes de correrem para culpar Moscou.
A Rússia convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, mas o Reino Unido, que atualmente preside o órgão, recusou-se a convocá-la, de acordo com o enviado russo nos escritórios da organização internacional em Viena, Mikhail Ulyanov.
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