Nesta terça-feira (28), especialistas em vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendaram que as doses de reforço contra a Covid-19 não sejam mais administradas à população que não esteja nos grupos de alto risco, dado o alto nível de imunização alcançado pelas populações em vários países.
Nesta terça-feira (28), especialistas em vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendaram que as doses de reforço contra a Covid-19 não sejam mais administradas à população que não esteja nos grupos de alto risco, dado o alto nível de imunização alcançado pelas populações em vários países.
Pela primeira vez, esses especialistas, do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Vacinas (SAGE) da OMS, dividiram a população em três grupos de risco (alto, médio e baixo): a necessidade de novas doses de reforço permanece apenas para o primeiro, que inclui os três grupos já mencionados.
– É um reflexo de que grande parte da população já está vacinada, foi infectada com a Covid-19, ou as duas coisas ao mesmo tempo – afirmou Hanna Nohynek, presidente do SAGE.
Para pessoas com risco médio de Covid-19 (adultos com menos de 60 anos e crianças ou adolescentes com determinados problemas de saúde), o SAGE recomenda apenas uma primeira dose completa da vacina mais um reforço após o período necessário (algo que em muitos países já foi concluído em 2022).
Em relação ao grupo de baixo risco (crianças e adolescentes), o SAGE reconhece os benefícios que as vacinas e doses de reforço podem ter na sua prevenção, embora recomende reconsiderar sua imunização.
– Cada país deve considerar seu contexto específico ao decidir se deve continuar vacinando grupos de baixo risco, como crianças e adolescentes saudáveis, sem comprometer outras imunizações cruciais – disse Nohynek.
Os especialistas também recomendam uma dose de reforço contra a Covid-19 seis meses ou mais após a anterior para mulheres grávidas.
Por outro lado, mostraram preocupação com a redução que a pandemia produziu nos programas de vacinação contra o sarampo, com cerca de 25 milhões de crianças afetadas, o que causou a menor taxa de cobertura desde 2008.
*EFE