A Associação de Bancos da Argentina (Aba) e a Associação de Bancos Argentinos (Adeba) enviaram ao Banco Central da República Argentina (BCRA) a preocupação dos bancos de estarem no limite da capacidade para armazenar dinheiro em espécie.
O motivo é que o peso está tão desvalorizado que as agências estão com “dificuldades em termos de logística, infraestrutura e elevados custos financeiros”.
O que ocasionou esse problema foi uma decisão do governo do presidente Alberto Fernandéz de não emitir notas de valor superior a mil pesos, – este é o maior valor da nota em circulação naquele país.
Atualmente, um dólar custa aproximadamente 500 pesos argentinos e na moeda brasileira, cada peso custa R$ 0,02. Em função dessa desvalorização, os bancos estão empilhando notas de 500 e 100 pesos e os espaços estão cada vez menores, trazendo grandes problemas logísticos.
Por isso, as entidades avisaram ao Banco Central da Argentina que a situação é crítica e pedem espaço físico dentro do BCRA para que as células sejam armazenadas. Antigamente, eram os bancos que cediam esse espaço para o Banco Central.
Diferentemente do Brasil, a Argentina ainda utiliza muito dinheiro em espécie. No país, quase não se faz uso de cartão de crédito e transações virtuais. O motivo é que a informalidade no país cresce cada vez mais e as transações acabam sendo realizadas em dinheiro. Isso acarreta outro problema que é o abastecimento dos caixas eletrônicos, pois a quantidade de cédulas não é suficiente para atender aos cidadãos.
– O Banco Central está buscando comprar uma máquina que tenha maior capacidade de destruição das notas. Mas a cada mês que passa, o dinheiro se deteriora mais e o processo de eliminação do dinheiro em mau estado não é aprimorado – informaram as associações bancárias argentinas.