Neste final de semana, o pastor Anderson Silva perdeu mais de 10 mil seguidores no Instagram. Neste sábado (9), o religioso publicou uma foto na qual aparece ao lado do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do Secretário de Comunicação Institucional, Maneco Hassen, ambos representantes do governo Lula.
O encontro aconteceu dias após Silva gravar um vídeo dizendo estar arrependido da “bolsonarização” de seu ministério, pois isso prejudicou sua missão pastoral. O pastor é o mesmo que foi procurado pela Polícia Federal por ter dito em um podcast que ele orava para Deus quebrar a mandíbula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ex-candidato a deputado federal, Anderson Silva tem mudado o tom de conteúdo no Instagram quando o assunto é política. Mesmo se considerando um cristão conservador, Silva está buscando se desvencilhar da imagem de apoiador de Bolsonaro.
Ao comentar sobre o encontro com representantes do governo Lula, ele disse que pôde expor suas ideias e que acredita na pacificação dos três lados: Igreja, esquerdismo e conservadorismo.
– Fui recebido com respeito, reconhecimento e humildade. Qualquer pessoa coerente conclui sobre minha vida (frutos sociais, eloquência moderada/ensino e comportamento crítico também contra cristãos e conservadores). Ou seja, não posso ser tido como um “bolsonimion belicoso”, apenas como um pastor coerente e um cidadão politicamente conservador que reconhece o bolsonarismo como embrião do conservadorismo brasileiro – explicou.
Anderson também declarou que conversou sobre a forma como o governo Lula ataca as igrejas com as críticas a Israel e com pautas morais e que, se o governo não ponderar essas falas, não será possível que a Igreja pondere as delas.