O pastor Teo Hayashi respondeu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o público evangélico. Em um evento do PCdoB, realizado em Brasília, no qual defendeu maior aproximação com lideranças religiosas, Lula afirmou que “evangélico não é contra nós, nós é que não sabemos falar com eles”.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Hayashi afirmou que a tentativa do presidente de se aproximar dos evangélicos tem motivações eleitorais. “Agora sim, ele quer falar de Jesus e da Bíblia, tentando colar. Mas a Bíblia não é cabo eleitoral e o Evangelho não serve pra legitimizar governos. Serve pra confrontar poderes”, declarou.
O líder cristão, fundador do movimento Dunamis, disse que a questão não é de comunicação, mas de cosmovisão. Segundo ele, “os evangélicos entendem bem demais o que o governo defende” e rejeitam pautas que consideram contrárias aos valores bíblicos.
Hayashi criticou o apoio do governo a políticas que envolvem o aborto e a defesa de regimes autoritários. “Enquanto pastores são presos e igrejas fechadas em países como Cuba e Nicarágua, o governo brasileiro elogia essas ditaduras”, afirmou.
O pastor também mencionou a influência eleitoral dos evangélicos, destacando que “quase um terço da população é evangélica” e que “boa parte das eleições no Brasil será decidida por essa base”.
Encerrando sua fala, Hayashi afirmou que o Evangelho não pode ser usado como instrumento político e fez um apelo aos cristãos: “O Brasil não precisa de gente citando versículos para conquistar o coração dos evangélicos, precisa de um povo que viva a Bíblia”.