Israel vê alta de casos com variante indiana e teme 2ª onda
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Publicado em 23/06/2021

O governo de Israel decidiu nesta quarta-feira adiar para 1º de agosto a permissão para a entrada de turistas no país, que estava marcada para 1º de julho e foi atrasada devido ao aumento das infecções por Covid-19.

A decisão, que até agora prevê apenas a entrada de turistas vacinados, foi anunciada hoje pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, e foi divulgada no âmbito de uma série de novas medidas para travar o avanço da pandemia.

Entre as outras medidas se destacam também o aumento das multas por violação da quarentena e a intensificação do monitoramento das cadeias de contágio e das campanhas de informação para estimular o cumprimento da nova regulamentação, entre outras.

Por outro lado, essas medidas são divulgadas uma semana após a suspensão da obrigação de uso de máscara em ambientes internos e em um contexto de preocupação no país com a disseminação da variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia.

– Nosso objetivo neste momento, em primeiro lugar, é proteger os cidadãos de Israel da desenfreada variante Delta – disse Bennett hoje durante uma reunião com membros do Executivo e especialistas.

Hoje, pelo segundo dia consecutivo, foram registradas mais de 100 novas infecções, algo que não acontecia há meses e que se acredita ser devido à chegada da nova cepa do coronavírus do exterior.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, Israel tem atualmente 554 casos ativos, dos quais 26 estão em estado grave.

Muitos dos infectados com a nova variante são pacientes já vacinados, o que tem soado os alarmes no país, onde mais de cinco milhões dos pouco mais de nove milhões de habitantes foram vacinados e onde a pandemia deixou de ser uma preocupação.

Por conta disso, as autoridades já alertaram que, se o número de infecções não diminuir, o uso da máscara em ambientes fechados será imposto novamente.

Além disso, considerando que parte importante dos novos casos foram detectados nas escolas, o Ministério da Saúde também recomendou acelerar a vacinação de menores de 12 a 15 anos.

Enquanto a entrada de estrangeiros com visto de turista está proibida desde o início da pandemia, em março de 2020, no mês passado foi autorizada a entrada de grupos de turistas vacinados em viagens organizadas por órgãos autorizados e sob rígidas medidas de prevenção.

*EFE

 

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