Doria é hostilizado em evento: ‘Você traiu o presidente!’
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Publicado em 23/06/2021

O governador de São Paulo, João Doria, foi hostilizado durante um evento em Piracicaba, na última sexta-feira (18). Enquanto assinava o projeto de lei que cria a Região Metropolitana do município no interior paulista, o tucano ouviu gritos de “traidor” e “mentiroso” vindos do vereador Fabrico Polezi (Patriota).

– Foi eleito nas costas do Bolsonaro. Você traiu aquele homem na primeira oportunidade – esbravejou Polezi, que foi recriminado pelo cerimonialista: ‘Por favor senhor, se contenha!’.

Outro paulistano insatisfeito acusou Doria de mentir.

 

– Fala do aumento dos 12% dos impostos. Você não é bem-vindo aqui em Piracicaba. Você só mente e as pessoas fingem que acreditam em você. Seu mentiroso, traidor! Você traiu o presidente Bolsonaro – gritou.

DORIA NÃO ABRE MÃO DE CANDIDATURA

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que já se apresenta como pré-candidato à Presidência nas eleições do ano que vem, afirmou que, mesmo que pesquisas não apontem um cenário favorável à sua candidatura, ele não irá recuar do pleito, caso seja o candidato escolhido pelo PSDB. As prévias da legenda estão marcadas para 21 de novembro deste ano.

– Eu não recuo, eu avanço. Não serei candidato à reeleição aqui no estado de São Paulo. O candidato aqui chama-se Rodrigo Garcia, o nosso vice-governador, para disputar as eleições […]. Sou candidato à Presidência da República, ou melhor, pré-candidato à Presidência da República – disse.

A candidatura do governador pelo PSDB ainda depende de uma prévia do partido. Segundo o governador, em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda-feira (21), em julho devem ser iniciadas suas visitas aos Estados. O governador afirmou ainda que os trabalhos referentes à sua campanha devem ocorrer aos fins de semana.

João Doria afirmou que não irá abrir mão de candidatura em 2022 Foto: Governo do Estado de São Paulo

Sobre a polarização política que em curso entre o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Doria argumentou que, a um ano e meio da disputa, a “bipolarização” não pode ser definida como o resultado do pleito.

– Temos uma longa trajetória ainda pela frente, tempo suficiente para que essa mudança venha a ocorrer. O retrato de hoje não é necessariamente o retrato de amanhã – completou.

*AE

 

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