Neste domingo (8), o Exército de Israel anunciou que suas tropas começaram a retirar os moradores de 24 comunidades próximas a Gaza que permaneceram em suas casas, várias delas libertadas pelos militares depois de terem sido ocupadas ontem pelo movimento islâmico palestino Hamas em um ataque surpresa que deixou mais de 600 mortos no país.
– As comunidades adjacentes à cerca de segurança estão sendo evacuadas e, com base na avaliação da situação, os civis foram convidados a deixar suas casas – disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
O Exército publicou uma lista dessas 24 localidades, todas situadas nas proximidades de Gaza. São elas Nahal Oz, Nir Am, Mefalsim, Kfar Aza, Gevim, Or Haner, Ivim, Netiv HaAsara, Yad Mordechai, Karmia, Zikim, Kerem Shalom, Kisufim, Holit, Sufa, Nirim, Nir Oz, Ein Hashlosha, Nir Yitzhack, Be’eri, Magen, Re’im, Sa’ad e Alumim.
Várias dessas comunidades foram libertadas pelas tropas israelenses nas últimas horas, depois de terem sido total ou parcialmente ocupadas por milicianos do Hamas que se infiltraram durante o ataque surpresa de sábado, que desencadeou uma guerra sangrenta na região.
No entanto, ainda há combates entre as milícias palestinas e as tropas israelenses em vários locais dentro de Israel, onde o Exército também abortou diversas tentativas de combatentes palestinos entrarem no país, inclusive por mar.
O anúncio foi feito pouco depois que um porta-voz do braço armado do Hamas anunciou o envio de novos combatentes e mais armas para ajudá-los nos confrontos com os israelenses.
Nas últimas horas, milícias de Gaza continuaram a disparar foguetes contra Israel, enquanto o Exército do país permanece em confronto com combatentes palestinos que cruzaram a cerca de separação e entraram em várias comunidades israelenses.
O Exército também informou a criação de um comando conjunto entre diferentes forças de segurança e inteligência para esclarecer a situação de pessoas “desaparecidas e sequestradas”, a fim de também fornecer informações àqueles que não sabem o paradeiro de familiares com os quais perderam contato.
*EFE